Até um certo ponto ajudam a manter o contacto com quem esta longe, a encontrar quem está perto, a manter pessoas sempre presentes.
De resto: irritam-me.
Irrita-me não ver a cara da pessoa.
Irrita-me perguntar se esta tudo bem e do outro lado vir um sim, quando os olhos que não vejo dizem não.
Irrita-me a língua portuguesa traiçoeira que transforma uma conversa limpa em trapaceira.
Irritam-me as várias interpretações que se podem adoptar, as palavras lançadas para simplesmente se jogar.
Irrita-me o jogo do gato e do rato, irrita-me ficar tudo no abstracto.
Irrita-me ficar atrás de um computador, aizinho ou telelé em vez de uma conversa onde se veja e seja.
É isto, apenas irrita.
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