Não gosto de praxes, não lhes acho sentido de nenhum, não vejo necessidade, nem percebo muito bem. Tenho para mim que é mais uma manifestação da triste natureza do homem e da sua cegueira pelo poder, pelo excesso e pela humilhação dos mais "fracos" (eu queria por "H" porque não é uma questão de género, mas não me apetece ter aqui o "H" quando falo das coisas tristes que compõem a condição humana).
Não digo que todas as ditas praxes, praxantes, praxistas, duxes, duxistas e resto do pessoal das batinas sejam de caixão à cova... eu fui praxada e não foi nada de especial. Tintas na cara e uma aula fantasma com jogos parvos, incluindo um dot de serviço (quem se lembra do "dot" no cantinho superior direito ou esquerdo das nossas televisões?).
Não generalizando e abstendo-me de bater no ceguinho no que respeita ao caso do meco, às entrevistas aos vizinhos, às reconstituições jornalísticas, às dúvidas e fantasias que se criam em volta de todo este caso, tenho de me focar na estupidez do video que passo a publicar e que tem andado já na boca do povo (facebook).
Os argumentos apresentados por esta gente são tiros nos seus próprios pés... os pés de quem praxou o tico e o teco... para nunca mais os voltar a ver.
Só pérolas:
"Temos o direito de ser humilhados" (deviam rever o conceito de direito... se forem estudantes de direito que o Bastonário lhes valha...)
"O objectivo principal não é a integração" (ao contrário dos argumentos utilizados em defesa da coisa por outras pessoas)
"Isto não é humilhação ou pelo menos humilhação gratuita" (porque se fosse onerosa isso sim já seria mau... se pega ainda começam a cobrar aos caloiros para serem praxados...)
"O “estar de quatro” ou comer coisas que não gostamos… a
praxe é a vida, isso acontece na vida. A vida é dura!" (é isso... a vida é estar de quatro e comer coisas que não gostamos... ou apanhar caracóis e comê-los logo a seguir)
"Talvez seja para nos ensinar um pouco não a ler, não a
escrever, mas ensina-nos que todos nós temos direito a ser humilhados." (outro que não aprendeu a ler... ou pelo menos a pensar!)
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