16 de julho de 2013

Este não é o táxi da fada sininho!

E depois do Optimus Alive 2013…

Dica para a organização intitulada “A melhorar”: Organizar as pessoas por alturas… só naquela de se conseguir ver alguma coisa (se bem que ou cresci no último ano, ou a maioria da população festivaleira encolheu ou tive uma sorte tremenda em conseguir ver o palco em 2 ou 3 concertos). 

Segunda dica para a organização intitulada “A brasa para a minha sardinha”: (1) organizar melhor o horário das minhas bandas favoritas (já que é a minha sugestão e a minha “sardinha”…) para não se repetir o conflito de bandas a tocarem ao mesmo tempo (andar de um palco para o outro não é um sprint mas uma gincana cheia de obstáculos, digo…pessoas, pedras, mesas, caixotes, etc.) e (2) não porem cabeças de cartaz a tocar às 22h (quando uma pessoa tem de sair para um jantar de aniversário… torna-se incompatível). 

Dica “foge a 7 pés”: Escapar, afastar-me, afugentar (e toda a ação que seja equivalente a criar uma distância de segurança) de: (1) casais melosos que ficam à n/ frente como se fossem siameses (bloqueando a vista); (2) casais melosos bêbados (continuam a bloquear a vista e não tenho paciência para pessoas bêbadas); (3) espanholas bêbadas com problemas de equilíbrio (quase que parecia de propósito!); (4) pessoas que têm toda uma conversa durante um concerto (sabem que podem conversar em casa com o cd a tocar? Ou num café?!)

Dica para o taxista de sexta-feira: não fica bem perguntar com o ar mais surpreso do mundo “Para o festival?! Mas vai para o festival sozinha?!?!”. Pensei em dizer que não estava sozinha, que levava o meu amigo imaginário Anacleto Pitágoras… mas limitei-me a dizer que não…

Quanto a prémios (tchan tchan tchan tchannnnnnnnnnn):

Prémio para a melhor frase do fim-de-semana: Este não é o táxi da fada sininho!

Prémio “sonho de uma batata frita”: lá estavam elas… procurei-as no primeiro dia… no segundo nem para isso tive tempo, mas no terceiro elas apareceram como que uma visão… a banquinha das batatas fritas belgas vindas directamente da Golegã!

E o prémio Santa Paciência (porque bem precisa) vai (com uma grande ovação) para … trrrrrrrrrrrrrrrr… o melhor taxista do festival (quase que bate o meu taxista favorito, até agora, o Sr. Diamantino e do qual um dia ouvirão falar)… ou seja o senhor do táxi que não é da fada sininho.

Ora aqui vai o relato da coisa:

Sábado, pelas 21h30… depois de ter remado para a corrente de pessoas que estavam a chegar ao festival e de ter aturado uns galegos que nunca mais saiam do táxi, mal sabia eu o que me esperava! Pois é, esperava-me um senhor de 60 e tal anos, anafadinho e rezingão – o  melhor taxista do festival.

Primeiro uma entrada a pés juntos com a seguinte questão: “Vai-se embora!?!?! Antes dos Depeche?!?! ” (noto uma certa tendência em os taxistas se intrometerem na minha vida… ou então sou mesmo uma pessoa estranha… o alien dos festivais)…

Depois começaram as pérolas! Desde comparar o Dave Gahan (dos Depeche Mode) ao Zezé Camarinha, com a seguinte frase: “As miúdas andam todas malucas pelo “gajo do colete” dos Depeche mas esquecem-se que ele tem a idade do Zezé Camarinha” (lindo!), até contar a história do que existia antes do agora Lx Factory (o conjunto de fábricas, a tipografia que ali existiu, etc e tal), depois de me ter perguntado 5 vezes para onde queria ir (espantoso como consegui responder com diferentes respostas e sempre a dizer o mesmo sítio),  ainda se fartou de reclamar com as pessoas que não conseguem distinguir um táxi ocupado de táxi livre e, por fim, com os que chamam um táxi e depois apanham o primeiro que aparece… sem dó, nem piedade. 

O senhor taxista tinha razão: as pessoas são assim, querem tudo na hora, votam no instantâneo… e foi aqui que surgiu o verdadeiro pensamento do dia, a maior verdade da noite: aquele não era o táxi do Sport Billy, nem o táxi da fada sininho!



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