Se há coisa que me deixa mais para lá do que para cá, em
termos de quebra de tensão e desmaio iminente, é a conversa insistente e longa
sobre doenças/ determinadas patologias/ descrições exaustivas de partos e
intervenções cirúrgicas. Iniciarem uma conversa destas perto de mim é meio
caminho andado para me “por na alheta” em poucos minutos. Não é por mal, não é
pessoal, mas não há necessidade de tamanha descrição, minha gente!
Claro que para ajudar à festa, tinha de ter, em Lisboa, uma
grupeta de primos (que adoro)… médicos... Eles juntos até não fazem muita
mossa… ainda há pessoas a tirar o curso por isso a conversa é mais sobre
cadeiras, professores e o… tchan tchan tchan… remake do teatro anatómico. Dava
um bom título para um filme de terror, mas não é disso que se trata. A verdade
é que o teatro anatómico de Santa Maria está de volta, o que provocou tamanha
excitação no último jantar da grupeta de Lisboa. Estranhamente, a dissecação de
cadáveres (vá, pelo menos o tema) não tem qualquer efeito sobre a minha tensão.
Afinal, eu sou a menina que escolheu a área empresarial do curso de Direito,
mas que sentiu uma necessidade abrupta de assistir às aulas de Medicina Legal,
tal era o “excitex” com o CSI Las Vegas que tinha acabado de estrear (nem vale
a pena fazer as contas aos anos que já passaram desde então…) e com imensa pena
minha não houve hipótese de se assistir a uma autópsia.
Agora… há uma coisa que merece o prémio da “Santa
Paciência”: aquela situação em que se sai num grupo de amigos, está tudo
divertido, bem disposto, fala-se de temas divertidos e/ou com interesse geral…
até que… alguém se lembra que está ali um médico… e que por acaso tem algo que
o apoquenta… um diagnóstico já dado, uma dor, uma erupção, uma comichão que
seja e… PIMBA!... começa uma consulta médica… em grupo… a meio de um jantar…
resultado: começo a ficar perita em sair de fininho…
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