Ir ao cabeleireiro é como ir ao dentista… No cabeleireiro
não gosto de falar, no dentista não consigo falar. Não gosto de “conversa de
cabeleireiro” e detesto que falem comigo enquanto me secam o cabelo: não
percebo patavina do que dizem. Já no dentista, percebo tudo menos o porquê dos
dentistas gostarem de fazer conversa quando estamos para ali de boca escancarada
com um espelhinho a percorrer os dentes… é realmente uma excelente oportunidade
para perguntar pelo trabalho, pela família, etc e tal… tudo a que se pode
responder com um simples “ãhhumãhumiado”… ou não.
Mesmo assim, pertenço a uma minoria que prefere ir ao
dentista do que ao cabeleireiro… tirando o facto de ter começado mal a relação
(aos 6 anos, 2 dentes partidos e muita choradeira) a verdade é que ajuda não
ter uma única cárie :o) Já para o secador que me queima as orelhas (e não é preciso ser um elfo para
isso acontecer) ou para o tempo que se tem de estar à espera entre fofoquices e
uma capa de zorro, muitas vezes sem conseguir segurar um livro porque atrapalha
o secador… não há muita paciência… lembram-se da história do gato a passar a
porta do veterinário… eu sou assim… com médicos e cabeleireiros… tirando o
oftalmologista e o… dentista.
Talvez o problema seja por a minha capacidade de decisão desvanecer-se
num cabeleireiro por entre os ares agrestes do secador e dos ganchos que arrepanham
o cabelo… se não fosse eu estar sempre atrasada e a correr para algum lado…
saía de lá loira! Já no dentista, faço finca-pé para não aderir à moda do
metálico… até ao dia…
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