Porque é que as pessoas têm conversas privadas coladinhas às
outras pessoas? O síndrome da costa da Caparica é já um clássico, quando, mesmo
havendo espaço, as pessoas gostam de sentir o calorzinho humano e ficar toalha
com toalha para se sentirem mais confortáveis, seguras, traumas de infância,
carências afectivas o que for…
Agora imaginem uma tarde ventosa… o sol está lá mas nem se
sente… tal é a ventania… a praia está com poucas pessoas… uns quantos gatos
pingados (mas secos dada a temperatura polar da água)… Está imaginado? Agora coloquem
nesse cenário uma pessoa do sexo feminino (20s/30s) a falar ao telemóvel não
longe mas, muito pelo contrário, bem ao vosso lado para não perderem pitada da
telenovela trágico-latina que para ali vai. Resumindo, 15 a 20 minutos de algo
que se traduzia em: ela quer, ela sente, mas diz que não sente, que não quer,
quer lá saber, porque ele não quer, ele não sente e ele (e nós!) quer desligar.
Miúda! Ele não quer ir jantar contigo! Nem beber café! Nem
sequer fumar um cigarro (pasmem-se mas ela chegou mesmo a propor encontrarem-se
para fumarem um cigarro… romântico, não?).
Se a alta conversa de ontem à noite (que também foi…
altamente… só pode) foi boa ou afinal já não foi. Se sentiste ou afinal não
sentiste nada. Se ele não sentiu nada. Se não percebes porque não podes ser
amiga e afinal (10 minutos depois) estares a borrifar-te (não foi bem esta a
expressão mas há que manter um certo nível) para a amizade, para o jantar, para a conversa, para o que for,
Santa Paciência… DESLIGA!
(16 de Junho de 2013, com a colaboração do espião DT, douto
em opiniões clínicas, que conseguiu ouvir a conversa praticamente toda!)
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