5 de junho de 2013

O yoga e a Coca-Cola

Fui fazer, há coisa de um mês, uma aula experimental de yoga e pensei logo em várias coisas: “Isto não vai correr nada bem!”, “Com a minha flexibilidade mais vale estar quieta…”, “Ainda arranjo aqui um torcicolo integral permanente!” (aka “torço-me toda e já não volto ao sítio”) e o óbvio “Isto vai ser um fartote de rir…" seguido da dúvida "Será que se expulsam pessoas da aula de yoga?!”. 

Nessa altura, na minha ignorância relativamente ao mundo dos yoguinis e yoguis (que bem que podiam ser marcas de iogurtes…) sabia lá eu que ia fazer uma aula de shivananda. E fui. E fiz e até correu bem, em modo “cool”, saí inteira, direita, sem explodir em risota nos momentos mais inapropriados (descobri que até conseguia controlar a coisa). O mundo desaparece durante uma hora, há paz lá fora, passarinhos a cantar, etc. Resultado: inscrevi-me.

Tirando a segunda aula e o professor substituto - a quem só me apetecia bater quando descobrimos que ele tinha feito uma aula pós-parto, quando NINGUÉM se encontrava nessa (tão bonita) condição… portanto, uma aula em que o yoga, a paz e o amor foram às urtigas assim como a minha tensão arterial… -  o resto tem corrido bem. Melhor até do que o esperado. Sinto-me como se já fizesse aquilo há algum tempo (vá, também não há muiiiito), com alguns “arriscanços" pelo meio, porque diz o ditado que quem não arrisca não petisca e eu, pelos vistos sem grande controlo na minha própria vontade e corpo, decidi que estava na hora da cambalhota para trás… 

Normalmente, do que eu gosto mesmo, até mesmo mais do que a saudação ao sol (que me diverte sempre tanto principalmente quando lhe chamam cumprimentos ao sol) é a parte do relaxamento … QUASE que adormeço. Isto até me preocupa bastante… pois qualquer dia fico lá a dormir ferrada e ninguém me acorda (deve ser porque estou a fazer tudo certo!). E é assim, uma pessoa sai de lá cheia de vontade de viver em paz, em calma, dar tempo ao tempo, ter uma vida saudável coberta de incenso, comer verdes, beber chás, … NOT!


Ontem, contra tudo e contra todos os mandamentos do yoga (certamente que os deuses deste pelouro caíram da posição invertida sobre a cabeça/ombros/o que seja)saí da aula desejosa por uma Coca-Cola fresquinha! O relaxamento, no qual a respiração me devia relaxar inteirinha, enchendo-me de luz, atravessou uma fase em que as minhas antenas perderam a rede e lá se foi a conexão com o mundo espiritual, sendo a luz substituída pela coisinha mais cheia de conservantes e ingredientes maléficos que desentopem canos. E soube tãooooo bemmmm! :o)

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