Há dias escrevi umas notas para não me esquecer de fazer um post. Faz amanhã uma semana. E esqueci-me (novidade!). As notas eram estas:
- Prince
- Sr. que esteve uma ora a bater couro ao segurança/ vigilante/ guardião da porta das pulseirinhas amarelas para conseguir uma pulseira para passar para a plateia vip.
- Cantas bem ou purple rain
Anotei e depois esqueci-me de voltar a elas. Até ser relembrada esta semana (santa paciência para a minha memória de “peixa”).
Foi tão bom ver o Prince. Foi mesmo bom. Mais que bom. Algo a não esquecer. Não conhecia algumas das músicas mas adorei.
Não tão fantástico, mas de algum modo curioso, foi ver a Lili Caneças a ir para a plateia (na parte vip… obviously) e a aguentar-se até ao final (disseram-me – depois, pois eu não estava desse lado - que até puxou pela malta, embora no final lá se tenha ido sentar… a verdade é que também eu ia se não perdesse o lugar mega fantástico onde fiquei). E lá estava a senhora, num estilo muito roqueiro. Depois tramou-se, pois antes do concerto a plateia-vip-das-pulseirinhas-amarelas (longe de mim pertencer a tal clube!) ficou preenchida com a maltinha do balcão, das galerias, e da restante plateia. Foi a democratização da plateia vip! Abaixo as pulseiras amarelas! Conheço uns quantos (dois) que bem que se aproveitaram, mas eles lá sabem e se queriam ficar ao pé da Lili, fizeram eles muito bem.
Só tenho pena que o rapaz/homem/chato que estava ao meu lado (e que me deu o privilégio da companhia dos seus cotovelos o concerto inteiro) não tivesse conseguido a pulseira amarela. A sério! Como foi possível não terem dado a pulseira à pessoa mais annoying do século! Prémio “Santa Paciência/Pessoa Mais Maçadora do Ano” para este senhor. Estive quase a interceder, para lhe darem o raio da pulseirinha, junto de um do staff do Prince que andava a fazer o seu joguinho de distribuição da pulseirinha amarela! E o tipo só dizia “Cámon mán*! One, just one”. Isto. Várias vezes. Sem ter um discurso mais elaborado. Nada. Só mesmo “Cámon mán*!” enquanto estava com um pé na plateia vip e outro na plateia não vip, quase deitado em cima da barreira que nos separava da plateia vip.
Eu estava a adorar estar ali, na linha que nos separava da plateia vip… sem ninguém imediatamente à frente (tão bom!), com uma altura a mais (poucos centímetros que sejam fazem sempre diferença) e um lugar para por a malinha, ui, maravilha. Consegui ver o Prince! É um autêntico feito!!)
Voltando ao senhor que queria ir para a plateia vip. Não conseguiu a pulseira. E então que fez? Sair da zona de passagem? Não. A pessoa resolveu fazer um novo amigo. O tal segurança/vigilante/ guardião da plateia-vip-das-pulseirinhas-amarelas. E não desistiu. Esteve todo o concerto a travar conhecimento com o moço das opções acima indicadas. Ele fez de tudo: disse que conhecia o fulano tal, pediu para chamar o beltrano ípsilon (várias vezes), deu palpites sobre a organização do Coliseu, fez queixinhas das pessoas que estavam a filmar, a fotografar ou simplesmente “a mandar um sms”, fez queixinhas das pessoas que passaram para a parte vip sem pulseirinha amarela (escândalo!). Tenho pena que ele não tenha percebido que bastava sair e entrar pela porta ao pé do palco. É que lhe explicaram isso. Mas acho que a amizade com o rapaz da entrada da plateia-vip-das-pulseirinhas-amarelas foi mais forte. Isso e o continuar a reclamar.
E foi assim. As luzes apagaram-se. Foi dito pela milésima vez que era proibido captar imagens (creio que algumas pessoas não ouviam bem). A baixista, a baterista e a guitarrista entraram em palco e… o Prince apareceu. Era mesmo ele! E o concerto lá se fez. E que bem que estiveram, ele e as suas 3 “babes”. E mesmo com o festival de lanternas dos seguranças/vigilantes/guardiões da imagem do Prince a decorrer na plateia vip, não vip, balcão e camarotes, deu para desligar de tudo e apenas ouvir música! É tão bom quando realmente se ouve música. E os papelinhos roxos no final com a purple rain…. Excelente!
p.s.: Quanto ao cantas bem ou purple rain… pode ter sido do tom da música, das colunas ao pé, do barulho de toda a gente a falar, dos zumbidos nos ouvidos, do cansaço ou da pronúncia do grupinho vizinho, mas a verdade é que não percebia porque é que eles gritavam “Cantas bem! Cantas bem! Cantas bem!”. Claro que canta bem. E então? Qual a novidade? Pois… lá para o terceiro encore (não sei bem) lá percebemos que eles queriam ouvir a “Purple Rain”… o que fazia mais sentido… de facto.
*tentativa de atingir a maneira exacta como era dita esta expressão.
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