Hoje a praia da Terra Estreita estava "quase quase" interdita
a banhos. Mas uma interdição com estilo: placas pela areia a avisar do perigo
de afogamento e nadadores salvadores de apito pronto para pôr na ordem todo o
banhista afoito e incumpridor que quisesse dar umas braçadas. Muito apito se
ouviu. Era toda a gente com a água pelo joelhinho! Quem avançasse um pouco mais
levava logo com o sinal de penalti! Ai se os nadadores salvadores pudessem
mostrar cartões vermelhos aos banhistas, hoje iam uns quantos para o balneário
mais cedo.
É típico. Devem pensar “ah e tal, sei nadar, estas ondas são
para meninos, tanto dramatismo, a bandeira é só para as criancinhas ficarem em
terra, etc e tal”, aventuram-se e depois já pensam “raio (ou algo similar…) da
corrente que não me deixa voltar para terra” e lá vai o mitch buchannon cá do
sítio lançar a bóia ao senhor que não conseguia sair do mesmo sítio… e os
apitos continuaram.
Quando aqui a pessoinha já estava esparramada na toalha,
vinda de um mergulho (bem haja às ondas que permitiram uma altura para um mergulho
aceitável sem raspar na areia), já mais do que habituada à banda sonora da apitadela,
eis que a confusão se instala.
Suspense….
As pessoas começam-se a juntar num ponto da praia…
Quem está cá atrás não percebe nada do que se passa…
qualquer coisa deu à costa… mas o quê?
Cada vez mais gente e uns até arrastavam uma coisa.
Lá teve de ser, deixei o descanso do livrinho na toalha e de
máquina em punho (já que é para ser cusca mais vale fazer a reportagem completa),
lá fui inspeccionar o local.
O objecto não identificado (pelo menos pela minha miopia)
era nada mais, nada menos do que uma rede de pesca mega gigante (pelo menos no
meu sistema de medição) que foi retirada do mar por uma série de banhistas,
ainda durante uns bons minutos (diria 15 min, mas a minha noção de tempo é
relativa), enquanto outros se agarravam logo aos peixes que vinham agarrados na
rede.
Muita gente levou o almoço para casa… a sério… pareciam 7
cães a um… peixe. Vi pessoas com 5 peixes grandes assim como vi uma miúda com 1
mini peixe… a lei da natureza em força!
Se, por um lado, é de louvar o espírito e a vontade dos que
arrastaram a rede até um lugar mais seguro, evitando que alguém se enrolasse
nela; por outro, é de comentar com um “santa paciência” os que
cegamente se lançaram aos peixes mortos (sabe-se lá há quanto tempo… porque lá
por estarem na água não quer dizer que estivessem vivos, pois já poderiam estar
presos na rede há mais tempo e nem saltitaram cá fora como se costuma ver).
Enfim, santa paciência!
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