13 de agosto de 2013

7 cães a um peixe e os pénaltis das correntes fortes

Hoje a praia da Terra Estreita estava "quase quase" interdita a banhos. Mas uma interdição com estilo: placas pela areia a avisar do perigo de afogamento e nadadores salvadores de apito pronto para pôr na ordem todo o banhista afoito e incumpridor que quisesse dar umas braçadas. Muito apito se ouviu. Era toda a gente com a água pelo joelhinho! Quem avançasse um pouco mais levava logo com o sinal de penalti! Ai se os nadadores salvadores pudessem mostrar cartões vermelhos aos banhistas, hoje iam uns quantos para o balneário mais cedo.



É típico. Devem pensar “ah e tal, sei nadar, estas ondas são para meninos, tanto dramatismo, a bandeira é só para as criancinhas ficarem em terra, etc e tal”, aventuram-se e depois já pensam “raio (ou algo similar…) da corrente que não me deixa voltar para terra” e lá vai o mitch buchannon cá do sítio lançar a bóia ao senhor que não conseguia sair do mesmo sítio… e os apitos continuaram.


Quando aqui a pessoinha já estava esparramada na toalha, vinda de um mergulho (bem haja às ondas que permitiram uma altura para um mergulho aceitável sem raspar na areia), já mais do que habituada à banda sonora da apitadela, eis que a confusão se instala.

Suspense….

As pessoas começam-se a juntar num ponto da praia…

Quem está cá atrás não percebe nada do que se passa… qualquer coisa deu à costa… mas o quê?

Cada vez mais gente e uns até arrastavam uma coisa.

Lá teve de ser, deixei o descanso do livrinho na toalha e de máquina em punho (já que é para ser cusca mais vale fazer a reportagem completa), lá fui inspeccionar o local.






O objecto não identificado (pelo menos pela minha miopia) era nada mais, nada menos do que uma rede de pesca mega gigante (pelo menos no meu sistema de medição) que foi retirada do mar por uma série de banhistas, ainda durante uns bons minutos (diria 15 min, mas a minha noção de tempo é relativa), enquanto outros se agarravam logo aos peixes que vinham agarrados na rede.

Muita gente levou o almoço para casa… a sério… pareciam 7 cães a um… peixe. Vi pessoas com 5 peixes grandes assim como vi uma miúda com 1 mini peixe… a lei da natureza em força!

Se, por um lado, é de louvar o espírito e a vontade dos que arrastaram a rede até um lugar mais seguro, evitando que alguém se enrolasse nela; por outro, é de comentar com um “santa paciência” os que cegamente se lançaram aos peixes mortos (sabe-se lá há quanto tempo… porque lá por estarem na água não quer dizer que estivessem vivos, pois já poderiam estar presos na rede há mais tempo e nem saltitaram cá fora como se costuma ver). Enfim, santa paciência!



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