3 de setembro de 2013

Birra no elevador

São vários os momentos da minha vida em que parece que voltei à primária. Hoje foi mais um deles… A verdade é que com a idade e com o mau feitio não há paciência para muita coisa, nomeadamente, mas sem limitar (piada jurídica…), para pessoas que andam atrasadas e depois descontam nos outros, como a queriduxa do elevador do shopping aqui da zona que teve a infelicidade de mandar uma boca para o ar (expressão deliciosa).

Confesso que estava mais do que convencida que tínhamos de sair no piso 3 e, portanto, carreguei. No segundo a seguir caiu a fixa e descobri que o piso 3 não era o que se queria e que o nosso destino terminava no 4º.

Excomunguem-me por ter carregado no 3 e depois no 4! A paragem do elevador num determinado piso, com abre e fecha portas, nem chega a 1 minuto! Tantas vezes que as pessoas se enganam e se para num piso onde ninguém sai, nem ninguém entra. TANTAS VEZES! Seria bonito se todos começassem a refilar… e ainda por cima com um dia tão bonito!

Mas a fofuxa da pessoa que nos acompanhava no elevador teve de se sair com a seguinte (ler com voz irritante, s’il vous plaît) “Se em vez de carregarem nos botões todos, vissem para onde querem ir”.

Ai, adoro quando se fala no plural quando o destinatário é apenas uma pessoa! (até faz urticária!) Ahh, e adoro quando se usam hipérboles a torto e a direito…(mais pontos para a urticária) ….
Claro que em primeiro lugar pedi desculpa e justifiquei que me enganei no piso… mas a pessoa queria conversa, estava visto. Escusado será dizer que foi uma viagem animada para as restantes pessoas.

Coisas que a pessoa em causa alvitrou depois de iniciar a conversa:

0*) Ia chegar atrasada por minha causa.

Argumentos a meu favor (mais ou menos expostos da seguinte forma):

1) Não carreguei em todos os botões (mas olhem que se calhar devia ter carregado!).Carreguei em apenas um botão errado e depois no certo… Ora isto em 5 andares não é mau de todo.

2) As outras paragens tiveram causa nas restantes pessoas que queriam, por mera coincidência ou infelicidade, sair ou entrar no elevador (também elas cúmplices do crime de fazer parar o elevador).

3) Uma paragem num piso onde não entra ninguém não demora, repita-se, nem 1 minuto, pelo que (chamem o Sherlock Holmes, o Poirot ou a Sra. do Crime Disse ela) cheiram-me que não era por isso que a pessoa ia chegar atrasada. Cheira-me também que a fofinha entrava às 14h… e eram (pasmem-se) 14h (arriscaria que até já passava um ou outro minuto).

A minha companheira de viagem e parceira do crime, Apfzinha para os amigos, ainda ajudou à festa ao sugerir à pessoa em causa que o melhor era mesmo ir de escadas, que assim não ficava dependente das aberturas e fechos de portas.

… Foi pena a Apfzinha só se ter lembrado de carregar nos restantes botões depois de termos saído do elevador…

Portanto, lógica da batata: tivesse chegado mais cedo! Santa Paciência para as pessoas que andam atrasadas e depois querem, por milagre, chegar a horas. Mas se conseguir justificar o atraso com “havia uma tipa no elevador que carregou no botão errado” força! Significa o mesmo que “o meu cão comeu os TPC”… mas olhem que o meu gato até gosta de comer papel…  

* neste blog este argumento nem merece ser numerado de 1 para cima ;o)

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