17 de setembro de 2013

Are you crazy?

Até posso ser, mas afinal, não há duas sem três e será que a terceira foi de vez? Sim, lá fui eu pela terceira vez na minha jovem (sim, jovem!) vida rumo aos Estates, rumo a NYC! 

Episódio a episódio, aqui fica o resumo em jeito de revista de telenovelas, já que o tempo é precioso, pelo que aqui fica o essencial (ou pelo menos aquilo que ainda está na minha memória, já que o bloquinho dos apontamentos ficou esquecido no avião de regresso… normalmente perco uma coisa quando viajo… pelo menos não estava muito escrito ou desenhado…)

A ida… Tanta gente gira a ir para o mesmo avião e tínhamos de ir com o senhor de “cinquentas-e-e” munido indumentariamente com o equipamento da selecção portuguesa mesmo ao nosso lado (seria pedir muito que o jeitoso estiloso que não largava o livro fosse no lugar do fã tuga?!)

A missa Gospel… íamos à procura de uma das igrejas recomendadas nos guias para assistir a um pouco de gospel até que (já fartinhas de andar) resolvemos seguir uma família espanhola que ia para uma igreja “já-ali-ao-virar-da-esquina-e-que-por-acaso-tinha-um-coro-de-gospel”. Lá fomos. Nós e uma catrefada de turistas… talvez fosse uma proporção de 20/80 (fiéis/turistas curiosos), sendo que acho que até estou a ser generosa para a equipa da casa… 
Mesmo com esta desproporção, foi um festão. 

 .........Deu para cantar (ui, aproveitei e bem… tínhamos um livro só com as letras…). 

...........Deu para ser saudada por todos os membros da igreja que iniciam a missa aos cumprimentos a todos os que ali foram (com direito a passeio e tudo pela igreja, não se ficam só pelas pessoas da sua bolha). 

..............Deu para assistir a campanha política (não é que estava lá uma candidata a um qualquer serviço público de NY que aproveitou para se apresentar à comunidade… a meio da missa). 

............Deu ainda para abanar o esqueleto ao ritmo das palmas (não as da espanhola que estava à nossa frente… essa para além de não perceber nada de inglês também não ficou a dever nada ao dom do ritmo… tenho que ver se ponho aqui o vídeo a senhora a bater palmas…). 

..............Deu para assistir a stand up comedy, com o reverendo convidado (a missa mais parecia um talk show com a quantidade de convidados especiais) que se saiu com uma que adorei: a história de uma mulher que queria um fato, mas não tinha dinheiro para tal luxo. Então, rezou muito a Deus… e no dia seguinte ao passar na loja que vendia o desejado fato… o mesmo estava em saldos!! E com esta fé, a heroína desta historieta, não só comprou o fato, mas também os sapatos, a mala e o chapéu a condizer (no comments). 

Are you crazy?!?!?!?! Ouvimos nós quando inocentemente (e estafadamente) perguntamos a um senhor numa paragem do autocarro se aquele ia para a primeira avenida… a resposta foi mesmo esta “Are you crazy?!?!”…simpático portanto. Depois do senhor ter enumerado as (poucas para ele/ tantas para nós) avenidas que tínhamos de passar (Park, Madison, Quarta, Lexington, Terceira e Segunda), que estava uma noite tão bonita e que nos fazia tão bem andar… começámos a afastar-nos lentamente e resignámo-nos ao “vamos andando então”.

Cremes… E ao caminharmos até casa, nessa mesma noite, após uma coacção tremenda do senhor da paragem do autocarro em nos por a andar (literalmente) dali para fora… fomos encadeadas pelo vendedor de banha da cobra… cof…cof…cof… cremes! A frase da noite foi mesmo esta: Três  mulheres, um homem, creme e no fim ainda pagámos bem…

O irmão do Ronaldo… quando dizemos que somos de Portugal ou nos perguntam pelo tempo (também me perguntaram se a escola já tinha começado em Portugal…………) ou referem o Cristiano Ronaldo. Quem diria que no topo do Empire um dos empregados chamado Dadoua (ou algo do género) era o irmão do CR7?!?!?! A sério… cheira-me que é piadinha em modo repeat.

Excesso de emprego… Meninos e meninas, sigam as dicas superiores e ponham-se na alheta para NYC… há emprego para tudo: receber as pessoas nas lojas, pessoas para abrir portas em vários sítios (incluindo WC), pessoas para entregar toalhas, lojas e restaurantes com mais empregados do que clientes… etc… (pensando bem… se calhar já não há espaço para mais ninguém!).

A TPM dos condutores dos autocarros… não houve nenhum simpático! Nenhum! Grunhiam a qualquer pergunta que se fizesse, desancavam pessoas idosas por não terem o bilhete válido e quererem passar na mesma (está bem que a senhora estava a brincar com o fogo ao não ligar ao que o senhor do autocarro dizia… mas… medo…). Dizem que não é um bom emprego (riscar da lista, ok?)

A creche dos cães… Clap, clap, clap. Aplausos para os nova iorquinos que andam com os cãezinhos para tudo o que é lado, entram com eles nas lojas e até têm creches para eles passarem os dias enquanto os donos trabalham. Mas creches a sério… com playground e tudo. Isto para não falar nos parques para cães (como existem os infantis) só para eles brincarem à vontade. Clap, clap, clap. 

O clube secreto e o culto da casa da Carrie Bradshaw… e a finta à actual proprietária da casa que pôs fim às excursões organizadas do Sexo e a Cidade ali pela zona e que chama a polícia para assustar um bando de mulheres super perigosas que querem (imaginem!) tirar fotos na escadaria (ok, eu até percebo a questão da propriedade privada, mas termos de sussurrar ao passar pela porta já é qualquer coisa…)

E no meio deste rebuliço todo, dos quase 40º graus nas ruas de NY, alternados com o frio do cruzeiro e a tempestade (dilúvio mesmo!) antes do jantar no famoso Buddakan, dos cupcakes, do Mamma Mia a acabar com toda a gente em pé e a dançar (mais a japonesa ao nosso lado que tinha um bater de palmas do best… embora o prémio vá para a espanhola), de mais cupcakes e cheesecakes, misturados com amizade, existem 1001 momentos para recordar e rir… muito. 

E o resto fica para depois… porque se não há duas sem três, à terceira não é certamente de vez porque, pelo menos, tem de haver uma quarta… 

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