30 de setembro de 2013

Olha o Tonecas de calções!

Tudo começou com a célebre deixa do descongelamento… o tempo está a arrefecer, disse-me o senhor do táxi… e nunca mais se calou…

Disse-me que os semáforos já têm canudo… ora, das duas uma ou os semáforos foram para a universidade e alguns saíram licenciados ou o canudo tem qualquer coisa a ver com o trânsito... por mera hipótese académica.

Disse-me que são radares... que eles andam aí… e querem apanhar-nos à força toda (pelo menos antes radares do que ETs, penso eu…) “Está a ver aqueles canudinhos em cima dos semáforos?” (dos peões?!?, penso), “Ah, pois é!”, respondo (eu nunca contradigo um taxista… é uma regra de sobrevivência). “E agora na Avenida da Liberdade têm uns que parecem uns pássaros”, diz, “Olhe ali, olhe ali!”… “Ah, pois é!” (não vi nada!).

Será teoria da conspiração ou mesmo verdade? Tive de ir investigar pois eu apostava que os canudinhos pertencem ao kit dos sinais sonoros para que os invisuais possam atravessar com maior segurança e o resto câmaras ou até mesmo… pássaros! A investigação googliana não me confirmou a teoria do senhor do táxi.

E durante a viagem lá me foi mostrando onde estão os sinais “especiais”, misturando a visita guiada com conselhos de condução defensiva e muita reclamação com o homem que partiu o trânsito (o que ganhou agora as eleições), mais os turistas que andam “à balda” em Lisboa, comentários aos transeuntes, finalizando toda esta parafernália de reclamações, conselhos e comentários com um belo de um grito ao jeito de piropo: “Olha o Tonecas de calções!” (isto a um rapaz todo alternativo de rastas e calças curtas…).

A culpa é minha... mesmo só dizendo “Ah, pois é!” e mesmo com o olhar meio perdido no trânsito (e no desejo de querer silêncio e um café!) tenho um ar simpático, está visto… 

E o prémio Santa Paciência e "Granda" Cromo vai para...



Um partidaço!!! E estive eu a levar com os comentadores políticos (giraços! not) com análises e mais análises (é que para além de ser o dia da estreia da 1000ª Casa dos Segredos, foi por acaso também dia de eleições, um dia importante para o futuro do poder local... sim, existe) quando podia estar a rebolar a rir! Se forem como este, passa a ser a comédia do ano...

Nem sei por onde começar.... ele é uma pessoa de sucesso, ele é mister Covilhã, ele é o melhor jogador de Belmonte, ele tem 3 namoradas... tem muito amor para dar e elas nem se importam já que ele é o único modelo de "Passsrelle" (é ou não é verdade que para além de ter um problema de dicção, o rapaz  enrola a língua a falar?) do Distrito de Castelo Branco, ele ensina a posição do amor, cuidar de pessoas velhas e até mesmo agricultura e... ele é um  QUERIDO com as raparigas FEIAS, porque elas vão dizer às bonitas que ele é um FOFINHO! Esperto!! Olha que qualquer dia nem a amiga da avó te safa das bruxas!

O pior é que existem mais assim...

29 de setembro de 2013

As avozinhas rufias das eleições

Fui votar. Sempre fui. Já passei muitos domingos de eleições nas ditas mesas de voto. Levantar-me ainda de noite, passar o dia a dizer bom dia ou boa tarde, ler nomes e números de eleitor, encaminhar as pessoas que erradamente aparecem na sala e que afinal são fregueses de outros, contar e recortar, confirmar, assinar, lacrar e aguardar pela polícia. Hoje não estive nas mesas. E por isso, consegui assistir às notícias e ver as confusões, boicotes que existem sempre. E foi isto que vi...
Uma palhaçada... Parece uma novela barata com maus actores que querem estar indignados mas parece que estão a rir... Estavam à espera da televisão para se começarem a indignar ou já a tinham chamado para se filmar tal palhaçada? Abstenham-se de votar se assim o querem mas abstenham-se também de figuras tristes. Já não bastava termos o ninja de Vila Nova de Gaia, agora tens as "avozinhas rufias" de Ourondo! Que lindo que é dar espectáculo para "tuga" ver ao deitarem a urna de voto para o chão, virarem mesas e rasgarem os boletins... Que cena tão (mal) montada e amanhada!







27 de setembro de 2013

Inspira, Expira e… Transpira…

Eu não sei o que se está a passar, se é da lua, da trovoada, do Outono ou do quer que seja, mas tenham muito cuidado que anda por aí um surto qualquer que faz com que as pessoas partilhem com as outras… nada mais, nada menos,… o quanto transpiram. É assim: eu não quero saber! Demasiada informação!!! Não, por favor!!!

A verdade, para mal dos meus pecados, é a de, no espaço de uma semana, quatro pessoas confessarem os seus problemas de transpiração… Digam o que disserem, isto para mim já é uma epidemia de desabafos completamente despropositados… e chega, ok?

Sem revelar nomes, porque quem sabe… sabe… e quem não sabe… não precisa de saber… Um confessou que o pior dia da sua transpiração foi ter transpirado as cuecas e…. a gravata (!!!)..  Outro, quando passa por laranjas e mostarda, mesmo embaladinhas e fechadinhas, começa a transpirar que é uma coisa parva (até ao momento só tinha ouvido uma amiga a dizer que o cheiro da laranja a fazia salivar… mas pelos vistos também faz transpirar… coisas estranhas acontecem com as laranjas, concluo…). 

Em defesa destas pessoas, quando fizeram os desabafos estavam no meio de amigos, num momento de partilhas, etc e tal… que eu agora aproveito ("AHAHAHAHA”, ou seja, riso maquiavélico…) assim como a quarta pessoa que, levada pelas histórias das anteriores partilhas, me dá os bons dias e logo a seguir vem com a partilha de uma transpiração nocturna, não vá eu ficar com pena de não ter ninguém a falar de transpiração neste dia.

Já não tem defesa possível o senhor taxista de ontem, que iniciou conversa (e o que eu odeio conversas de manhã!) com o belo do “hoje o tempo arrefeceu…” seguidinho de uma entrada a pés juntos com “…mas esta noite transpirei tanto!”… A sério?! Tenho mesmo de ouvir isto?!?!


26 de setembro de 2013

Em busca da vedeta perdida...


Hoje (ontem que isto ainda demorou a escrever) foi o dia da gala do mais sexy, dos tugas mais sensuais, com direito a Popota e tudo! Sim, a Popota foi à festa e que chique que estava, já outras vestimentas que andavam por lá a ser passeadas… medooo! Não que eu estivesse in loco, porque não estava. Mas cheguei a casa e liguei o dito canal para ver se as minhas vedetas do dia-a-dia apareciam e deparei-me com um frou-frou/suspiro/chantilly gigante a cobrir a “abelha”, o caos no anúncio do vencedor que já estava anunciado antes de o ser e não porque fosse notório do público que fosse ele o vencedor, mas porque o ecrã gigante já o mostrava, mesmo antes do speaker o dizer. Isso e os atropelos de discursos e o falar sem ligar ao microfone. Vi 10 minutos e passei à frente…

Não, este texto não é um mero reflexo de uma dor de cotovelo (as piores!!!) por não ter ido, até porque nem podia já que tinha outros compromissos mais (mas mesmo muito mais) literários. A verdade é que com esta coisa do “olha como aquela vai vestida!”, do “olha-me o penteado daquele…”, em conjunto com o “TU já viste que o x afinal veio com a y”, lembrei-me de um episódio/ maluqueira de NYC.

Segue o drama (mais ao estilo de drama queen) da viagem em NYC: tanta gente famosa que vive para aquelas bandas e… nem uma cruzou o meu caminho. A sério!!! Eu ando sempre a tropeçar em tudo, mesmo na mini pedrinha que se atravessa no meu caminho (ou eu no dela, já que costumam estar quietas) e no que toca a vedetas… nicles batatóides. Ainda corremos (vá… a andar depressa… o que num final de dia em NYC é uma proeza quando só nos apetece estalar os dedos e … cama!) para a entrada de um night club que tinha uma daquelas paredes cheias de quadadrinhos de patrocinadores, uma fila de fotógrafos, uns quantos seguranças, muitos flashes e… umas vedetas nada famosas, pelo menos para nós, a pousar e a dar entrevistas. O que me consola é que um dos senhores que fazia parte da organização daquele circo também não devia saber quem era metade daquela gente, pois tinha umas quantas folhas com fotos e respectivos nomes…

Concluindo: vimos vedetas… alguém as deve conhecer… nós não… por isso NÃO CONTA! Sniffff… e só de pensar que numa viagem a NYC as únicas pessoas famosas que vimos foi a Ana Malhoa no aeroporto da Portela e um antigo Presidente da República que regressou no mesmo avião…sniffff


23 de setembro de 2013

Teoria absolutamente espectacular e… minha!

Em conversa com a S. cheguei a uma conclusão absolutamente espectacular que resolvi explorar (eu sei que há coisas melhores para fazer, mas às vezes dá-me para isto). Esta sim vem explicar a lei da natureza, as regras do jogo do tempo, as alterações climatéricas etc e tal. Outono, Inverno e Verão: masculinos. Primavera: feminino. A verdade é que o Outono nunca se atrasa (a ventania desta tarde e o céu coberto bem o demonstraram). O Inverno também nunca se atrasa… esse até é dos irritantes que chega antes da hora… A Primavera… é uma autêntica “princesa”. Tanta preparação para o floreado, o jogo de pássaros etc e tal que quando acorda para a vida já devia ter entrado há um mês… O Verão, passado dos carretos, não quer saber dos atrasos da Primavera e… tufas… entra logo a matar. E é mais ou menos assim… a Primavera é a noiva (atesto que já vi noivas beeeemmmm atrasadas),  o Outono, o padre que chega a horas, o Inverno o noivo ansioso que teme que a dita se perca nos retoques finais (ou a acalmar o padre antes que venha para aí vendaval) e o Verão, o padrinho afogueado que ia se esquecendo das alianças em casa.

Após isto tudo… só faço figas para que o Outono se arrependa e volte para o lugar de onde veio… não há stress em chegar atrasado quando é por uma boa causa… na minha opinião...



Quais sentimentos para nos deitarem abaixo... basta um par de calças largas

Sabem aquela música "Feelings" (Feelings, nothing more than feelings, trying to forget my feelings...)? Agora imaginem: a música..., um táxi a parar, aqui a darling a saltitar nas pedras da calçada para a rua atravessar, de paralelepípedo em paralelepípedo, as calças largas… e o tropeçar, a queda em câmara lenta para cima da porta do táxi que felizmente tive tempo de abrir e o sentar atabalhoado no banco de trás, como se me tivessem atirado para dentro do táxi… só a mim…  



E agora uma versão bem diferente da que passava na rádio do táxi para dentro do qual me espalhei, de uma grande Senhora: Nina Simone. A ver!


22 de setembro de 2013

O gato do olá / hello kitty de trazer por casa

Jeremias no seu melhor a dar um olázinho para a foto... Parece um macaco, raio do gato, livra!


" hellos kittys" às três pancadas e aos pontapés

Voltando à viagem a NYC: foi impressão minha ou havia " hellos kittys" aos pontapés em Times Square? Aos pontapés e muito mal amanhadas! Se a bonequita que conheço desde infância já me mete confusão por não ter boca (é mudinha da silva)...


... as que se passeiam por Times Square são então de meter medo ao susto! 

Meninos e meninas peçam aos vossos paizinhos uma hello kitty da candonga e certamente que o papão fugirá a sete pés! A sério! Times Square já é uma confusão com anúncios, pessoas, estátuas da liberdade a cada três metros, monstros das bolachas e homens aranhas... Mas pronto tudo dentro do modelo dito "normal"... Uma pessoa fica um pouco eléctrica ou irritadiça com o assédio dos bonecos, mas pronto, faz parte. 

Agora quando vem uma hello kitty mal amanhada!!! Fujam que vai dar em pesadelo!



Esta foto apanhei-a numa pesquisa de imagens da internet. Confesso que tive algum receio de: 1) estragar a maquina fotográfica com a bela imagem da kitty de contrafacção; 2) ou ter a kitty do demónio atrás de mim para lhe dar dinheiro pela foto...  3) ou ambas as hipóteses...

A verdade é esta: nunca percebi bem a ideia da hello kitty. Também nunca tirei um minuto da minha vida para investigar o que quer que seja sobre o aparecimento ou existência desta coisa. E por agora fico assim. ... E espero que sem pesadelos...ou com o aizinho (onde escrevo) avariado...

21 de setembro de 2013

101 velinhas... Ou não, porque a cera e o fôlego estão caros

Hoje (dia 20) foi um dia especial. Um dia passado em família que ainda por cima se encontra espalhada pelo país e pelo mundo. Aliás, vai ser um fim-de-semana passado em família. A minha avó fez hoje 101 anos... Se eu chegar a metade já vou com sorte (pelo menos quanto à aparência ainda tenho direito a ouvir uns anos abaixo dos verdadeiros - ainda há pessoas simpáticas- e os testes do "saiba aqui a sua verdadeira idade" dão sempre uns anos a menos, por isso até pode ser que me aguente).

Por agora, tenho a sorte de ter uma avó com esta idade... Mais do que idade: tem história. Toda uma experiência, nobreza, carinho, presença, bom coração, amizade e amor. Mais do que sorte minha em a ter presente, hoje, na minha vida, é todo um orgulho em poder aprender e viver, através de historias, tempos antigos.

Sei que Este não é um post "normal" nem com o tom mais corrente deste blog, mas não podia deixar de mencionar a ocasião. Pelo que...Parabéns avó!



18 de setembro de 2013

O regresso dos azuis cueca e o vento da mudança



 Não, não são os estrunfes ( sim eu cresci na época em que estes ainda eram estrunfes e não smurfs pffffff), são mesmo os homenzinhos vestidos de azul que marcam território ao espalhar fitinhas e acessórios amarelos nas viaturas, proporcionado mais um vendável de pessoas a correr para salvar muitas vezes o que já no tem salvação e já levou com um piercing só para animar ainda mais.

 Vá, chamemo-los de estrunfes na mesma... já que os outros dos "bonecos" não existem mesmo... Logo, não ficam ofendidos. 

A verdade é a de que os estrunfes dos piercings amarelos bem que se estão a esforçar para levantar o pessoal das cadeiras, para fazerem exercício e dar um pouco de emoção aos dias de trabalho... Pena que a diversão sai cara... Que saudades dos dias caminhos de Agosto!

Bem, estou para aqui com coisas e o meu boguinhas lá se tem escapado! Até tenho medo de agoirar!

Agora a curiosidade do dia: os estrunfes do reboque após uma tarde árdua de trabalho (tanto baixa e levanta, dobra e estica deve cansar) foram alegremente para a rua a seguir a ouvir sabem o quê? Scorpions... Wind of change...

17 de setembro de 2013

Raios e coriscos para as autoridades vestidas de azul clarinho e para o bigodes que queria ser presidente...

Há lá coisa melhor do que passar uma tarde escada acima, escada abaixo (vá... de elevador) a por moedinha no parquímetro, porque os senhores vestidos de azul clarinho, que trabalham para uma empresa começada por "E" e acabada em "L", fustigados pelo homenzinho da junta de freguesia (que secretamente gostava de poder dizer "eu é que sou o presidente da junta"),  "abancaram" na rua e não "desgrudam" enquanto não amealharem o suficiente?!?!?! 

SANTA PACIÊNCIA!

... e depois ainda deixam belhetinhos a pedir mais dinheiro... 

Me, myself & I...

and Central Park...



... enquanto as miúdas andam de bicicleta (vantagens de não saber andar de bicicleta)... ainda pensei pedir umas aulas a um moço que estava a ensinar a namorada a andar de bicicleta, mas aquilo não ia correr bem... e ela estava com mais ar de se espetar e cair para o lado, do que de se equilibrar e avançar...

... depois fui picada por uma mosca... não é de espantar que ande ainda com mais sono...

Are you crazy?

Até posso ser, mas afinal, não há duas sem três e será que a terceira foi de vez? Sim, lá fui eu pela terceira vez na minha jovem (sim, jovem!) vida rumo aos Estates, rumo a NYC! 

Episódio a episódio, aqui fica o resumo em jeito de revista de telenovelas, já que o tempo é precioso, pelo que aqui fica o essencial (ou pelo menos aquilo que ainda está na minha memória, já que o bloquinho dos apontamentos ficou esquecido no avião de regresso… normalmente perco uma coisa quando viajo… pelo menos não estava muito escrito ou desenhado…)

A ida… Tanta gente gira a ir para o mesmo avião e tínhamos de ir com o senhor de “cinquentas-e-e” munido indumentariamente com o equipamento da selecção portuguesa mesmo ao nosso lado (seria pedir muito que o jeitoso estiloso que não largava o livro fosse no lugar do fã tuga?!)

A missa Gospel… íamos à procura de uma das igrejas recomendadas nos guias para assistir a um pouco de gospel até que (já fartinhas de andar) resolvemos seguir uma família espanhola que ia para uma igreja “já-ali-ao-virar-da-esquina-e-que-por-acaso-tinha-um-coro-de-gospel”. Lá fomos. Nós e uma catrefada de turistas… talvez fosse uma proporção de 20/80 (fiéis/turistas curiosos), sendo que acho que até estou a ser generosa para a equipa da casa… 
Mesmo com esta desproporção, foi um festão. 

 .........Deu para cantar (ui, aproveitei e bem… tínhamos um livro só com as letras…). 

...........Deu para ser saudada por todos os membros da igreja que iniciam a missa aos cumprimentos a todos os que ali foram (com direito a passeio e tudo pela igreja, não se ficam só pelas pessoas da sua bolha). 

..............Deu para assistir a campanha política (não é que estava lá uma candidata a um qualquer serviço público de NY que aproveitou para se apresentar à comunidade… a meio da missa). 

............Deu ainda para abanar o esqueleto ao ritmo das palmas (não as da espanhola que estava à nossa frente… essa para além de não perceber nada de inglês também não ficou a dever nada ao dom do ritmo… tenho que ver se ponho aqui o vídeo a senhora a bater palmas…). 

..............Deu para assistir a stand up comedy, com o reverendo convidado (a missa mais parecia um talk show com a quantidade de convidados especiais) que se saiu com uma que adorei: a história de uma mulher que queria um fato, mas não tinha dinheiro para tal luxo. Então, rezou muito a Deus… e no dia seguinte ao passar na loja que vendia o desejado fato… o mesmo estava em saldos!! E com esta fé, a heroína desta historieta, não só comprou o fato, mas também os sapatos, a mala e o chapéu a condizer (no comments). 

Are you crazy?!?!?!?! Ouvimos nós quando inocentemente (e estafadamente) perguntamos a um senhor numa paragem do autocarro se aquele ia para a primeira avenida… a resposta foi mesmo esta “Are you crazy?!?!”…simpático portanto. Depois do senhor ter enumerado as (poucas para ele/ tantas para nós) avenidas que tínhamos de passar (Park, Madison, Quarta, Lexington, Terceira e Segunda), que estava uma noite tão bonita e que nos fazia tão bem andar… começámos a afastar-nos lentamente e resignámo-nos ao “vamos andando então”.

Cremes… E ao caminharmos até casa, nessa mesma noite, após uma coacção tremenda do senhor da paragem do autocarro em nos por a andar (literalmente) dali para fora… fomos encadeadas pelo vendedor de banha da cobra… cof…cof…cof… cremes! A frase da noite foi mesmo esta: Três  mulheres, um homem, creme e no fim ainda pagámos bem…

O irmão do Ronaldo… quando dizemos que somos de Portugal ou nos perguntam pelo tempo (também me perguntaram se a escola já tinha começado em Portugal…………) ou referem o Cristiano Ronaldo. Quem diria que no topo do Empire um dos empregados chamado Dadoua (ou algo do género) era o irmão do CR7?!?!?! A sério… cheira-me que é piadinha em modo repeat.

Excesso de emprego… Meninos e meninas, sigam as dicas superiores e ponham-se na alheta para NYC… há emprego para tudo: receber as pessoas nas lojas, pessoas para abrir portas em vários sítios (incluindo WC), pessoas para entregar toalhas, lojas e restaurantes com mais empregados do que clientes… etc… (pensando bem… se calhar já não há espaço para mais ninguém!).

A TPM dos condutores dos autocarros… não houve nenhum simpático! Nenhum! Grunhiam a qualquer pergunta que se fizesse, desancavam pessoas idosas por não terem o bilhete válido e quererem passar na mesma (está bem que a senhora estava a brincar com o fogo ao não ligar ao que o senhor do autocarro dizia… mas… medo…). Dizem que não é um bom emprego (riscar da lista, ok?)

A creche dos cães… Clap, clap, clap. Aplausos para os nova iorquinos que andam com os cãezinhos para tudo o que é lado, entram com eles nas lojas e até têm creches para eles passarem os dias enquanto os donos trabalham. Mas creches a sério… com playground e tudo. Isto para não falar nos parques para cães (como existem os infantis) só para eles brincarem à vontade. Clap, clap, clap. 

O clube secreto e o culto da casa da Carrie Bradshaw… e a finta à actual proprietária da casa que pôs fim às excursões organizadas do Sexo e a Cidade ali pela zona e que chama a polícia para assustar um bando de mulheres super perigosas que querem (imaginem!) tirar fotos na escadaria (ok, eu até percebo a questão da propriedade privada, mas termos de sussurrar ao passar pela porta já é qualquer coisa…)

E no meio deste rebuliço todo, dos quase 40º graus nas ruas de NY, alternados com o frio do cruzeiro e a tempestade (dilúvio mesmo!) antes do jantar no famoso Buddakan, dos cupcakes, do Mamma Mia a acabar com toda a gente em pé e a dançar (mais a japonesa ao nosso lado que tinha um bater de palmas do best… embora o prémio vá para a espanhola), de mais cupcakes e cheesecakes, misturados com amizade, existem 1001 momentos para recordar e rir… muito. 

E o resto fica para depois… porque se não há duas sem três, à terceira não é certamente de vez porque, pelo menos, tem de haver uma quarta… 

5 de setembro de 2013

New York, New York!

Start spreading the news....
......I am leaving today (que é como quem diz... amanhã!)...
 .................I want to be a part of it ...


New York, New York! 


Morte lenta em linha de espera

Ontem, após dois dias seguidos de contacto com duas operadoras da nossa praça, comecei a questionar-me sobre o que pretendem realmente as operadoras e afins com as musiquinhas que nos põe a ouvir enquanto esperamos que nos atendam ou voltem ao nosso contacto (e primeiro que voltem…).

Uma pessoa já fica nervosa/ansiosa/furiosa com tanta pergunta (dependendo do estado de espírito com que se parta para a aventura de contactar o apoio técnico do que quer que seja) … e «prima 1 se “tal e tal” ou repita “tal”» / «prima 2 se “tal e coiso” ou repita “coiso”»/ «prima 3 se “alhos e bugalhos” ou repita “bugalhos”»/ «prima 4 se “cozido” ou repita “frito”»… e por aí em diante até chegar ao «prima 9 se quiser voltar ao menu anterior (NÃO!!!)».

Chegando-se ao fim dos 1001 “primas”, fica-se à espera com a bela da musiquinha do Kenny G a fazer-nos companhia… Má escolha (mesmo péssima)… fico sempre com uma sensação de… morte lenta…

E ponho-me a imaginar… uma pessoa que tenha tido um dia daqueles… só com problemas atrás de problemas, no trabalho e fora do trabalho: estrada cortada para ser alcatroada (as eleições estão mesmo aí por isso seria bastante plausível!); uma tempestade daquelas onde o vento não larga a chuva e esta não descola por nada deste mundo, o elevador avariado, chegar a casa e não ter internet, telefone ou TV, encher-se de coragem e ligar para o apoio técnico… e, no fim de tudo, levar com esta música… (sendo que a resolução ou não do problema técnico fica em aberto… daqueles finais à escolha…)

3 de setembro de 2013

Birra no elevador

São vários os momentos da minha vida em que parece que voltei à primária. Hoje foi mais um deles… A verdade é que com a idade e com o mau feitio não há paciência para muita coisa, nomeadamente, mas sem limitar (piada jurídica…), para pessoas que andam atrasadas e depois descontam nos outros, como a queriduxa do elevador do shopping aqui da zona que teve a infelicidade de mandar uma boca para o ar (expressão deliciosa).

Confesso que estava mais do que convencida que tínhamos de sair no piso 3 e, portanto, carreguei. No segundo a seguir caiu a fixa e descobri que o piso 3 não era o que se queria e que o nosso destino terminava no 4º.

Excomunguem-me por ter carregado no 3 e depois no 4! A paragem do elevador num determinado piso, com abre e fecha portas, nem chega a 1 minuto! Tantas vezes que as pessoas se enganam e se para num piso onde ninguém sai, nem ninguém entra. TANTAS VEZES! Seria bonito se todos começassem a refilar… e ainda por cima com um dia tão bonito!

Mas a fofuxa da pessoa que nos acompanhava no elevador teve de se sair com a seguinte (ler com voz irritante, s’il vous plaît) “Se em vez de carregarem nos botões todos, vissem para onde querem ir”.

Ai, adoro quando se fala no plural quando o destinatário é apenas uma pessoa! (até faz urticária!) Ahh, e adoro quando se usam hipérboles a torto e a direito…(mais pontos para a urticária) ….
Claro que em primeiro lugar pedi desculpa e justifiquei que me enganei no piso… mas a pessoa queria conversa, estava visto. Escusado será dizer que foi uma viagem animada para as restantes pessoas.

Coisas que a pessoa em causa alvitrou depois de iniciar a conversa:

0*) Ia chegar atrasada por minha causa.

Argumentos a meu favor (mais ou menos expostos da seguinte forma):

1) Não carreguei em todos os botões (mas olhem que se calhar devia ter carregado!).Carreguei em apenas um botão errado e depois no certo… Ora isto em 5 andares não é mau de todo.

2) As outras paragens tiveram causa nas restantes pessoas que queriam, por mera coincidência ou infelicidade, sair ou entrar no elevador (também elas cúmplices do crime de fazer parar o elevador).

3) Uma paragem num piso onde não entra ninguém não demora, repita-se, nem 1 minuto, pelo que (chamem o Sherlock Holmes, o Poirot ou a Sra. do Crime Disse ela) cheiram-me que não era por isso que a pessoa ia chegar atrasada. Cheira-me também que a fofinha entrava às 14h… e eram (pasmem-se) 14h (arriscaria que até já passava um ou outro minuto).

A minha companheira de viagem e parceira do crime, Apfzinha para os amigos, ainda ajudou à festa ao sugerir à pessoa em causa que o melhor era mesmo ir de escadas, que assim não ficava dependente das aberturas e fechos de portas.

… Foi pena a Apfzinha só se ter lembrado de carregar nos restantes botões depois de termos saído do elevador…

Portanto, lógica da batata: tivesse chegado mais cedo! Santa Paciência para as pessoas que andam atrasadas e depois querem, por milagre, chegar a horas. Mas se conseguir justificar o atraso com “havia uma tipa no elevador que carregou no botão errado” força! Significa o mesmo que “o meu cão comeu os TPC”… mas olhem que o meu gato até gosta de comer papel…  

* neste blog este argumento nem merece ser numerado de 1 para cima ;o)

2 de setembro de 2013

No sábado fui à bola, no sábado à bola fui…



Mais uma ida ao estádio para ver o meu Sporting! Não, não vou falar das polémicas e das 1001 análises que se fazem ao ver as repetições, da esquerda para a direita, da direita para a esquerda, de cima para baixo, a fazer o pino, a roda, o que for! Existem pessoas (pagas) para isso.
O que é que eu gosto mesmo, mesmo, MESMO de reter?! É isso mesmo: o meu fascínio pelo que se ouve nas bancadas… são pequenas pérolas que chegam aos nossos ouvidos. 

Assim, enquanto me tentava defender do rapaz (de 30 e tal anos) que estava ao meu lado e que esbracejava, esperneava, gritava e cantava de pulmões bem abertos (com uma afinação… daquelas…) todas as músicas das claques (todo ele era uma claque!), tentando adivinhar quando é que levava um estalo (sem querer) no meio daquela agitação toda, eis o enredo da minha bancada, entre muitas palavras cês, pês, efes e afins que já se sabe que são sempre música de fundo:
TODOS: GOLO!
Senhor fanhoso: Ó senhor árbitro! Ó senhor árbitro!
Senhora A: O que é que aconteceu?!
Senhor B: Palhaço!
Senhora C: Está a agarrá-lo?
Senhor fanhoso: Vai “prá”  a barraca!
Senhor D: Vai, vai, vai, vai!
Senhora E: Tira, tira, tira!
Senhora F: Não, não, não!
Senhor G: É isso tudo! É isso tudo!
Multidão: NEM LHE TOCOU!!!!
Senhora R: Se calhar precisava de se deitar um pouco…
Senhor B: Palhaço!
Senhor fanhoso (já meio rouco): Ó senhor árbitro! Ó senhor árbitro!
Alguns: Não acredito!
Senhor fanhoso: Estás a olhar “prá” onde ó caracol da Lezíria!?!
Senhor D: Vai, vai, vai, vai!
Senhora E: Tira, tira, tira!
Senhora F: Não, não, não!
Senhor G: É isso tudo! É isso tudo!
Senhor B: Palhaço!
Vários: é só mais um, é só mais um!
Senhor fanhoso: Vai prá barraca ó cavalo branco!!

Resumindo: os ares do zoo continuam a ter a sua graça.

O “meu” primeiro baby shower


Hoje foi dia do “meu” primeiro  baby shower. “meu” porque não foi meu. Foi o da pequena Sofi e dos seus papás. Mas baby shower que se preze tem lá as todas as tias babadas, ainda para mais sendo a primeira filhota das amigas do secundário! Por isso, também foi um bocadinho “meu”, um bocadinho “nosso”.

A verdade é a de já ter pensado várias vezes no que significa trazer uma criança ao mundo. No dia-a-dia vemos, presenciamos, ouvimos e sabemos de coisas que não queremos que sejam vividas por quem amamos. 

Depois existem momentos em que já não se consegue ouvir falar nos momentos pré e pós parto em repeat, repeat, repeat (a culpa não é de ninguém, apenas da minha fraca tensão que cai a pique sempre nestes momentos). Isto a juntar à pressão que é feita às moças de 30 anos :o) para começarem a ter filhos… estão ambas no top do santinha paciência.

MAS existem momentos em que algo mais forte nos convence que nada de mal acontecerá. Hoje foi um deles. A pequena Sofi que está prestes a chegar a este mundo (apostas feitas pelas tias e “tias” para o grande dia) e vai estar rodeada de pessoas que vão cuidar dela, protegê-la e estar lá para ela. Foi isso que vi hoje! E foi bom!! Eu já apostei no dia 13 (tinha de ser)!!